A Biometria no Mundo Real

Biometria na vida real, tão presente quanto o ar que respiramos. Com ela, você pode otimizar a equipe, administração e segurança do seu negócio!

Sumário

Quando você olha o passado, fica mais fácil de entender o futuro. Especialmente em tempos difíceis como esses, qualquer informação sobre o que pode ser feito é bem vinda! Pensando nisso, trouxe alguns usos da biometria para tirar esse “ar de exclusividade” que essa tecnologia tem, porque, o que é bom mesmo, a gente divide com vocês! 🙂

Antes de tudo, para ficar mais fácil, é melhor entender como a biometria foi usada (mesmo com esse nome que parece tirado de um filme de ciência ficção, ela é usada desde os tempos da Babilônia – sem exagero!) e que tipos estão disponíveis no mercado. Assim, em qualquer conversa sobre o assunto você vai ter conhecimento suficiente para dar uma aula nos amigos.

Como a biometria é usada em diversas aplicações, resolvemos separar eles por área de interesse. A biometria é usada para tudo: desde universidades à restaurantes, sem dúvida você já viu isso em algum lugar. Isso se deve aos benefícios que ela traz em questão de economia de tempo e segurança, desde comprovar a identidade do aluno antes de entrar na faculdade à identificar o atendente que está fechando o caixa. Mas calma! Antes de comer bola, vou começar falando para vocês os usos dela nos negócios.

NEGÓCIOS

Beleza, você abriu um bar, restaurante, realizou o sonho do empreendedor brasileiro. Parabéns! Você faz parte daquele 1% que corre atrás dos sonhos, mesmo contracorrente. Depois de passar por aquela parte trabalhosa, tentando entender e aprender os truques do negócio para não fechar as portas, é hora de pensar na eficiência e como você vai conseguir lucrar mais e gastar menos.

É aí que a biometria entra.

Como parte da automação comercial, ela consegue cortar aquelas esquinas que parecem necessárias, que você nunca imaginaria que pudessem ser cortadas. É voltar do litoral na tarde de domingo, com uma faixa só para você e seu possante! Agora, o como, você vai ver à seguir:

Certificado Digital

Antes de tudo – isso inclui escovar os dentes, tomar banho, dar bom dia para o porteiro – entenda que essa é, de fato, a biometria mais fácil, simples e essencial que você pode adquirir. O Certificado Digital é um documento que comprova que você é você, no labirinto desse mundo digital. Isso é bom, porque essa é uma tecnologia que você pode usar para efetuar pagamentos bancários – sem precisar gastar o dia e a paciência com motoboys e poupatempo -, como também muitas outras.

Mas é claro que você já sabe disso, né? Óbvio que sim, porque, no final das contas, você já se inscreveu na nossa newsletter e viu o nosso post sobre esse tema.

Biometria na Boêmia

A biometria digital (dessa vez, digital no sentido de dedo!) para restaurantes, bares e casas noturnas deveria ser obrigatória. Ela, além de cortar o tempo de atendimento pela metade, também traz conforto para os donos por transformar um processo caótico em ordenado. Primeiro, vou falar dos benefícios para o cliente e, depois, para os donos. Sigam-me os bons:

Para os clientes, a biometria digital faz com que você não precise ficar carregando o documento à todos os lugares. Um estabelecimento que tem cadastro por biometria digital consegue puxar todas as informações do cliente que já se cadastrou. Você já deve ter visto isso por São Paulo, há muitas baladas e casas de show que usam essa tecnologia para diminuir o tamanho das filas na entrada.

Para os donos, é ainda melhor! Isso porque essa tecnologia impede com que os frequentadores saiam bravos pelo chá de cadeira na entrada, melhorando as chances deles voltarem. Segundo, porque ao usar isso entre os próprios funcionários, eles vão saber exatamente quanto cada um está rendendo no trabalho. Na maioria dos bares, os atendentes já possuem senha para realizar os pedidos. Ao invés de ficar brigando com a tela touchscreen usando o dedo suado, a biometria já identifica o atendente pela digital, registrando todas as vezes que ele usou o sistema.

Sem contar que, como na escola, sempre há aqueles amiguinhos que assinam o nome para o colega. Com senhas individuais, fica fácil passá-la para o amigo por mensagem, para que ele faça o “clock-in” (bater ponto) no sistema de forma fraudulenta. Com a biometria, isso se torna impossível (a não ser que o amiguinho corte o dedo do outro, ou use cera para fazer uma digital postiça).

A quantidade de dados que isso gera é gigantesca! Com isso, você vai conseguir identificar exatamente o que acontece em cada etapa do processo de venda. É ter um zoom que te mostra todos os detalhes da sua operação, sem contar que tudo que fizerem no sistema fica registrado no “log” – diário de bordo do sistema. Trabalhando com esse mercado já vimos todos os tipos de histórias, e desde 2010, o número de casos de fraude vem crescendo e já ultrapassou os R$ 2,2 bilhões anuais… isso, só no Brasil.

Pagamentos Totem

Normalmente, você precisa uma operadora de caixa para realizar o fechamento da comanda do cliente, certo? Erroooooooooou!

Tecnologias como o totem de autoatendimento começaram a ganhar ainda mais força por serem mais baratos (eles quase nunca pedem VR e VT), mais eficientes (existem totens que conseguem fechar várias comandas por vez, tudo usando o celular!), e muito, mas muito menos reclamões.

O totem de autoatendimento tira do consumidor aquela dor de cabeça de ficar na fila esperando o cara que está na frente se lembrar da senha, a funcionária cobrar corretamente o valor, ou a assistente trocar a bobina de papel da máquina de cartão de crédito. Sem contar que, só pelo fato de você poder fechar a própria comanda, já vale a pena!

Segurança na Nuvem

Graças à tecnologia do Cloud Computing (a famosa “Nuvem”), você e milhões de usuários iPhone e Android podem guardar mais fotos, vídeos, e aplicativos no celular, sem precisar deletar os velhos. Isso acontece porque, mesmo conseguindo visualizar esses arquivos, eles na verdade não estão guardados no seu celular.

Esses arquivos são “subidos” para a nuvem (seja Google Drive, iCloud e/ou Dropbox) e, com uma conexão de internet ativa, acessados pelo celular. Dessa maneira, você pode ter os arquivos na ponta dos dedos, sem precisar ficar escolhendo entre quais memes manter à mão e quais ficaram obsoletos (*ahem* raptor filosófico *ahem*).

Quando a computação na nuvem começou, muitos empresários, usuários e institutos de pesquisa achavam que a moda não iria pegar. As razões que eles deram variavam desde falta de segurança à demora que subir todos os arquivos empresariais levaria. Isso sem contar o acompanhamento psicológico do responsável (leia-se: estagiário) por organizar tudo isso (e reorganizar mais umas 15 vezes, de acordo com as excentricidades de cada sócio ou gerente da empresa em questão).

No entanto, de acordo com pesquisa realizada pela KPMG Internacional, “quase 50% das empresas consultadas opta pela adesão à computação em nuvem principalmente pela diminuição de custos que a plataforma pode oferecer”. Isso acontece por causa das melhorias em termos de flexibilidade e integração inter-organizacional, onde diversas equipes podem acessar a mesma informação, com a mesma facilidade. Sem contar que, com a mesma facilidade que as equipes dentro da empresa acessam as diversas informações, estas também podem ser enviadas aos clientes para revisão, edição, e aprovação, sem precisar marcar reuniões.

Por causa das melhorias e otimizações que a nuvem traz pras empresas, houve uma migração em massa para essa tecnologia. Observando isso, a Comissão Europeia criou o General Data Protection Regulation (GDPR), regulamentação geral sobre a proteção de dados, com normativas para a segurança e conformidade de aplicações em nuvem. De acordo com o relatório gerado pela própria comissão, 98% das aplicações analisadas não cumprem as normas básicas da GDPR. 

A nuvem pode até alavancar o seu negócio ao cume, mas será que o cume interessa, mesmo com tanta insegurança?

Bancando na Biometria Bancária

Sem dúvida, o maior sonho de todos é ter acesso, nem que seja por uma hora, à caixa forte de um banco (até da Caixa Federal tá valendo). Por isso (e também para manter o dinheiro dos clientes à salvo, imagino eu) os que mais investem em medidas segurança é, obviamente, eles mesmos.

Como não vivemos no mundo de Harry Potter, os grandes tiveram que achar soluções alternativas às implementadas pelo exímio sistema de segurança de Gringotts. Até porque, hoje em dia ficou difícil manter um dragão preso, especialmente com o WWF e Greenpeace à solta. Esses métodos alternativos são… biometria! (APOSTO que você não esperava por essa!)

Por causa do vício dos smartphones, hoje em dia todos os negócios têm seu próprio aplicativo. De acordo com o portal de notícias TecMundo, em meados de 2016 a AppStore já havia registrado mais de 2 milhões de aplicativos disponíveis para os dispositivos da Apple. Entre eles, os aplicativos dos gigantes Lloyds e Mastercard foram um dos primeiros à bancar na biometria para autenticação.

Outubro foi o mês que consagrou as selfies como parte do processo (sim, você leu isso mesmo). O anúncio dessas gigantes falou como falta segurança às senhas dos usuários, demonstrando que com um pouco de engenharia social e automação, a maioria dos perfis podem ser invadidos. Em outras palavras, por mais que alguns pesquisadores já demonstraram que alguns processos como esse podem ser burlados com fotos encontradas nas redes sociais, eles ainda são mais seguros que usar a data do seu aniversário como senha.

Normalmente, essas tecnologias são usadas para comodidade mais do que qualquer coisa. Querendo ou não, a maioria de nós usamos as mesmas senhas para sites diferentes (até porque, sinceramente, haja memória para se lembrar de todas). A biometria, nesse sentido, é como se fosse o botão de “cadastrar usando o Facebook” para perfis que já foram criados. É uma facilidade, mas, para você, caro usuário (de smartphones), é uma fachada que passa segurança. 

Se você quiser saber mais sobre esse assunto, leia a história da biometria e os tipos existentes de biometria

Guilherme

Guilherme

Jornalista, redator e membro da equipe de marketing da EPOC.

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