5 Motivos que te Fazem Fechar o Mês no Vermelho

Há diversos motivos que te fazem perder dinheiro, ou deixar de faturar tudo que você poderia. Entenda os motivos que podem te levar à fechar o mês no vermelho!

Sumário

Depois de toda a dor de cabeça de achar um contador de confiança – e capaz -; depois de ter conseguido pular pelos bambolês da burocracia brasileira até conseguir registrar a marca (ou, pelo menos, estar na fila pra chegar lá em 2, 3 anos) e a sua empresa; depois de entrevistar um a um os seus futuros funcionários. Depois de tudo isso, você conseguiu finalmente abrir o seu próprio negócio. Parabéns!

Mesmo assim, você não consegue lucrar, nem com curso no Sebrae, ou na Endeavor, lendo o portal de notícias da Exame e se preparando com os conselhos dos tubarões do Shark Tank. Mesmo recebendo diversas newsletters e seguindo todos os tipos de Bel Pesces e Abilios Dinizes nas redes sociais, aquela luz no fim do túnel parece cada vez mais distante. Cada vez mais vermelha.

Uma das piores sensações do mundo, não é?

Pois bem, alguma coisa está acontecendo, e com uma análise completa você vai conseguir entender o que é. Como não posso fazer essa análise por você, decidi reunir as conclusões que você provavelmente vai tirar desse estudo do seu negócio.

Você não está vendendo bem o suficiente

Parece óbvio, mas isso vai muito além dos números totais de vendas.

Vamos dizer que você é um dono de restaurante, e o prato que mais sai da cozinha são batatas fritas. Não batatas fritas com queijo; nem batatas fritas com bacon; mas apenas batatas fritas. O lucro relativo que você consegue ter em um prato tão simples quanto esse é baixo, porque ninguém vai pagar R$ 20,00 em um prato de batatas (a não ser que venha o suficiente para dividir entre todos da mesa).

Busque misturar os ingredientes mais simples (e baratos) com outros mais sofisticados, ou até outras receitas com o mesmo ingrediente. Batatas podem ser feitas gratinadas, rústicas, soufflé, purê, e muitas outras. A questão é inovar, ou pelo menos tentar até achar uma solução que encaixe.

Não adianta oferecer o mínimo e achar que vai dar certo, porque arroz com feijão todo mundo tem em casa!

Você não conhece o seu cliente

Isso tem MUITO a ver com o ponto anterior. Se você não conhece o seu cliente, não há como oferecer valor para ele.

Bom, na verdade tem sim, mas isso envolveria um longo processo de tentativas, erros e acertos, como também tempo e dinheiro. Ou seja, inviável para grande parte dos empreendedores. Se você não conhece o seu cliente, você nunca vai conseguir vender o seu peixe (ou trocar de produto, caso ele não goste de peixe, por exemplo!).

Nesses casos, para evitar o desperdício de tempo (e dinheiro), o ideal é começar implementando maneiras para entender qual o seu público. Isso fica fácil quando você tem um cadastro na entrada do seu estabelecimento. Com um software de automação comercial, você define quais informações você quer que os seus funcionários coletem, e eles preenchem os campos de acordo com os dados dos clientes.

Se você não tiver um software de automação comercial, a gente te dá a letra! Pegue um caderno e caneta, e anote o necessário. Para começar, você vai precisar das informações básicas do seu público. Coisas como: (1) idade; (2) sexo; (3) data de nascimento; (4) telefone ou email para contato.

Com essas informações, você será capaz de planejar pequenas campanhas e promoções para ver quão bem os seus clientes respondem à elas. Os três primeiros dados te dão a linha criativa da promoção; com eles, você vai conseguir descobrir as referências com as quais elas se identificam (por exemplo, é mais provável que alguém que nasceu no começo dos anos 90 saiba o que são as bolas do dragão – e onde encontrá-las). O telefone ou email são os canais para atingir o seu público. Dessa maneira, você poderá realizar pequenas promoções até achar a fórmula certa para assegurar o retorno da clientela de maneira constante!  

Você pode não entender perfeitamente o que o seu público busca apenas com essas informações, mas é um começo para traçar uma estratégia. Pesquisando sobre os hábitos de consumo das diferentes gerações, você conseguirá achar muito material específico para o que você busca.

O importante é ter uma direção!

Você está pagando mais impostos do que deveria

Sim, isso é uma realidade absurdamente grande. Seja pelo deslize do contador, seja por desconhecer as exceções e regimes especiais que facilitam a vida dos pequenos empreendedores ou por cobranças indevidas. A questão é: sempre tem alguém pagando a mais do que deveria.

Isso não deveria acontecer, sob hipótese nenhuma.

Ter a coragem e confiança de correr atrás de todas as informações necessárias, fazer as pesquisas certas e se consultar com os experts das áreas envolvidas no processo de abertura de uma empresa deveria ser acessível a todos. E, nos dias de hoje, basta saber procurar!

De acordo com a Technorati, quase 3 milhões de novas postagens são feitas diariamente. Se 1% vem de fontes confiáveis, isso significa que há 30 mil postagens das quais você poderá usufruir. Entre 30 mil postagens, pelo menos uma delas vai ter a ver com o que você procura, então basta começar!

De qualquer maneira, para os pequenos empreendedores o regime fiscal mais utilizado é o Simples Nacional. Além de ser simplificado para que você possa fazer tudo do conforto de casa, esse enquadramento ainda dispõe das menores taxas a serem pagas para o fisco, unificadas em um só portal

Para saber mais, clique aqui!

Você está perdendo dinheiro por falta de organização

Isso é ruim. MUITO ruim.

Esse problema é mais comum do que parece, e mais sério do que quem sofre com ele acha que é. Organizar as suas finanças, estabelecer os processos de venda e definir quais bandeiras serão cobradas por quais máquinas devem ser coisas tão claras para os seus funcionários quanto as águas que correm pelos Himalaias.

Só para constar: as águas dos Himalaias são cristalinas.

Como as empresas responsáveis pelas máquinas de cartões normalmente são dos próprios bancos, as taxas podem variar. Para as máquinas que não são dos bancos de onde as empresas saíram, a taxa cobrada provavelmente será maior. Isso acontece para compensar o que elas não ganham na hora que o dinheiro sai da conta. Para o outro caso, as taxas serão menores, porque elas já ganham todas vez que o dinheiro sai da conta do cliente (por aquele cliente ser do banco também!).

Ou seja, em um dos casos é o comerciante que arca com todos os custos, enquanto no outro esse custo é dividido entre consumidor e empreendedor.

Assim sendo, saiba exatamente quanto você paga de taxa, para qual bandeira, e com qual máquina de cobrança. Dessa maneira, você vai evitar as “microperdas” diárias que acabam se transformando em rombos gigantescos com o passar do tempo.

Sem contar que há uma grande diferença entre o dinheiro que entra pelo débito e aquele que vem pelo crédito. Por mais que ele “seja” seu, ele só vai chegar daqui um mês! Dependendo do contrato que você firmou com os teus fornecedores, um mês é tempo demais para aguentar o tranco até o próximo pedido ou pagamento.

No entanto, há a opção de utilizar o Sistema Integrado de Transações Eletrônicas de Fundos – o famoso TEF. Com ele, você pode configurar por onde cada bandeira será cobrada. Assim, de maneira automática, ele já utiliza o “código” da máquina definida para poder obter a menor taxa para aquela transação.

Dessa maneira, você divide os custos com o cliente ao invés de arcar com esse tapa por si só!

Você contratou mais funcionários do que precisava

Aí complica. Eu entendo que é melhor pecar por cima do que por baixo, mas quando humanos são envolvidos no processo, essa frase vira do avesso.

Isso porque, o que está sobrando, precisa ser cortado para não gerar custos maiores.

Antes de contratar os funcionários e começar com as entrevistas, comece a pesquisar maneiras de otimizar a equipe. Há muitas soluções que acabam fazendo da sua análise preliminar, errada. Entre sistemas de comunicação, divisão de funções por setor, ou até mesmo um bom treinamento, você vai acabar fazendo com que um funcionário renda mais do que três, cortando os custos e assegurando um atendimento especializado.

Em outras palavras, “mais vale um na mão do que dois no divã”. Quando os funcionários não são bem treinados e preparados, como também quando regras e processos não são bem definidos e comunicados, problemas tendem a surgir. Especialmente se o perfil de algum dos funcionários for mais relaxado do que os outros. Para entender o escopo desse problema, clique aqui!

Já, sistemas de automação comercial podem te ajudar de diversas maneiras. Desde não precisar ter alguém que leve os pedidos até a cozinha, à uma área separada para fechamento de comandas, as vantagens são diversas. Se você quiser saber mais sobre o que um sistema de automação comercial pode fazer pelo seu estabelecimento, entre aqui!

Conclusão

Esse problemas são pertinentes a áreas tão diversas quanto o processo de vendas, CRM (Customer Relationship Management – Gestão de Relacionamento com seus Clientes), fiscal, financeiro, e gestão operacional. Querendo ou não, empreendimentos envolvem todos os tipos de área, e fundadores têm a responsabilidade de ser o ponto central entre todas elas. Se você não sabe o que uma área deveria fazer, não há como saber se ela está com um bom desempenho, ou até o que esperar dela.

Leia o máximo que você puder. Entre em todos os blogs, portais de notícias e leia todos os ebooks que conseguir. No final das contas, quanto mais você souber, mais você vai entender o que de fato é importante, e o que pode ser deixado para depois.

O que não pode é ficar no “chove mas não molha”. Se é para pular, pule de cabeça.

Guilherme

Guilherme

Jornalista, redator e membro da equipe de marketing da EPOC.

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